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Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira a quarta fase da Operação
Zelotes, que investiga fraudes em julgamentos do Conselho Administrativo de
Recursos Fiscais, ligado ao Ministério da Fazenda. Em comunicado, a PF informou
que 33 mandados judiciais estão sendo cumpridos nesta manhã, sendo 6 de prisão
preventiva, 9 de condução coercitiva e 18 de busca e apreensão. Os policiais fizeram buscas no escritório de Luís Claudio
Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula. Ele é dono da empresa LFT Marketing
Esportivo, suspeita de receber pagamentos de uma das consultorias investigadas
por lobby na "compra" da MP 471, que prorrogou benefícios fiscais de
empresas do setor automobilístico. De acordo com as investigações, a Marcondes
& Mautoni Empreendimentos repassou à LFT 2,4 milhões de reais - o valor foi
transferido em parcelas de 400.000 reais. A empresa foi aberta por Luís Claudio
em 2011, mesmo ano em que a MP começou a vigorar. Entre os presos está o
lobista Alexandre Paes dos Santos, conhecido como 'APS', suspeito de participar
do esquema de negociação da MP, e o ex-conselheiro do Carf José Ricardo da
Silva. O dono da CAOA, Carlos Alberto Oliveira Andrade, foi alvo de condução
coercitiva. "Esta nova etapa da operação aponta que um consórcio de
empresas, além de promover a manipulação de processos e julgamentos dentro do
Carf, também negociava incentivos fiscais a favor de empresas do setor
automobilístico", informou a PF, em nota. A operação encontrou provas que
indicam "provável ocorrência" de tráfico de influência, extorsão e
corrupção de agentes públicos para que "uma legislação benéfica a essas
empresas fosse elaborada e posteriormente aprovada". Cerca de 100 agentes
participaram da operação deflagrada no Distrito Federal, São Paulo, Piauí e
Maranhão.
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