A organização criminosa suspeita de atuar na concessão ilegal
de permissões de pesca industrial, desarticulada ontem (15) pela Polícia
Federal, gerou R$ 1,4 bilhão em danos ambientais, segundo informações do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
Em entrevista na tarde
desta quinta-feira, a delegada Aletea Vega Marona, chefe da Delegacia de Meio
Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal em Porto Alegre, esclareceu
que a organização criminosa agia de diversos modos, todos com objetivo de
facilitar ou vender permissões do Ministério da Pesca. Segundo a PF, o esquema
tinha participação de servidores públicos, representantes sindicais e
intermediários. “A pesca, por força desses servidores públicos, em pontos
estratégicos do alto escalão, estava ocorrendo, em sua maioria, sem nenhuma
observância e com muito dano à natureza”, acrescentou Aletea. A delegada
informou que as propinas chegavam a R$ 100 mil. “Todos os esquemas tinham um
intermediário, que chegava ao servidor público defendendo o interesse da pessoa
que se beneficiaria da licença. Cada servidor, dentro de sua atribuição,
acabava buscando pareceres, documentos e forjando dados em documentos. Depois é
que os pagamentos (propinas) eram feitos.” Foto: Divulgação
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