A greve deflagrada pelos bancos, há 21 dias completados hoje,
deve acabar nesta noite após a realização de mais uma assembleia realizada pelo
Comando Nacional de Greve, que aceitou a última proposta de acordo feita pela
Federação Nacional dos Bancos (FENABAN). Durante a mais recente rodada
de negociações, realizada sábado passado, a FENABAN confirmou a proposta
apresentada no dia anterior, com reajustes de 10% para os salários, para a
Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e para o piso salarial. Já o aumento
para os vales refeição e alimentação é de 14%. Segundo o Comando de Greve, este
valor representa 3,75% de ganho real e eleva o vale refeição dos R$ 26 para R$
29,64 por dia. A cesta-alimentação sobe de R$ 431,16 para R$ 491,52 por mês.
A batida oficial do
martelo para aceitar o acordo chegou a ficar ameaçada, já que a FENABAN tentava
descontar os dias parados durante a paralisação, insistindo que as horas
paradas na greve tinham de ser descontas do salário ou compensadas em sua
totalidade. O Comando Nacional dos Bancários não aceitou e isso fez com que as
negociações se arrastassem por toda a sexta-feira. A rodada foi interrompida
por volta de 23h30 e somente no sábado à tarde os bancos cederam. Assim, caso a
proposta seja aceita pelos bancários, não haverá desconto dos dias e a
compensação resultará em anistia de 63% das horas paradas para quem faz jornada
de seis horas e de 72% para quem faz oito horas. A compensação será de, no
máximo, uma hora por dia, entre 4 ou 5 de novembro (quando o acordo, caso
aprovado, será assinado) até 15 de dezembro.
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