A Polícia Federal
realizou nesta manhã de quinta-feira operação para desarticular grupo
especializado em fraudar pagamentos de loterias da Caixa Econômica Federal. A
operação é batizada de Desventura. Entre os envolvidos está um ex-jogador da
seleção brasileira, cujo nome é mantido em sigilo pela polícia. De
acordo com comentários de pessoas ligadas, trata-se do ex-jogador atacante
Edilson, campeão mundial com a seleção brasileira em 2002. Foram cumpridos 54 mandados judiciais,
com cinco prisões preventivas, oito temporárias, 22 conduções coercitivas e 19
buscas nos estados de Goiás, Bahia, São Paulo, Sergipe, Paraná e Distrito
Federal. O esquema ilícito consistia em captar e validar prêmios não recolhidos
pelos ganhadores do prêmio de loteria esportiva. Para despistar a
transferência milionária, os envolvidos utilizavam contas de pessoas com
grande movimentação financeira. De acordo com a PF, o ex-jogador da seleção
"emprestou" a conta bancária para que o dinheiro desviado pudesse
circular sem chamar a atenção. Gerentes com informações privilegiadas eram
recrutados pelos correntistas. Quando um prêmio da loteria não é retirado, os
valores são destinados ao Fundo de Financiamento Estudantil (FIES). Em 2014,
ganhadores de loteria deixaram de resgatar R$ 270,5 milhões em prêmios da
Mega-Sena, Loteca, Lotofácil, Lotogol, Quina, Lotomania, Dupla-sena e
Timemania.
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