terça-feira, 15 de setembro de 2015

Os cortes da presidenta Dilma, o papel da CUT/ADUERN e a irracionalidade da greve da UERN

Enquanto Dilma fala em aumento de impostos, cortes em programas sociais e congelamento de salários, os grevistas da UERN pedem praticamente 60% de elevação em suas remunerações. A Central Única dos Trabalhadores, federação que diz defender a UERN, silenciou sobre o discurso da presidenta. Ao passo que apoia a greve da UERN. A impressão é a de que o Rio Grande do Norte vive um paraíso fiscal. Já a União desagua numa crise sem precedentes. Com o governo federal recebendo quase 70% da fatia tributaria, faz algum sentido? A resposta é de conhecimento geral. O governo estadual utiliza o fundo previdenciário para manter os vencimentos do funcionalismo em dia, mesmo já tendo aparado 30% de praticamente todas as pastas, diárias, etc. O acordo que os grevistas querem não pode ser cumprido pelo governador, nem por ninguém. Inclusive, o Ministério Público sequer permite a assinatura de qualquer ato, pois em sua responsabilidade sabe que não existe dotação orçamentária para tanto no fim do túnel. Não falta conversa. Nem disposição de qualquer parte. Falta dinheiro. E nessa história toda só há dois perdedores: a instituição e o aluno. Administrações anteriores foram inconsequentes em expandir a UERN, para cooptar o apoio político dos prefeitos. O sindicato dos servidores da UERN, a ADUERN, mesmo sabendo do problema, fechou os olhos para a empreitada porque participava do governo de Wilma de Faria, através do PT, e acumulava poder com o incremento de filiados e aumento da contribuição sindical. Os banqueiros de homens, como os sindicalistas eram chamados por Gramsci, ficaram felizes. Só que o resultado veio rápido. A UERN, pelas greves sucessivas, ganha só o descrédito da população. Os alunos têm seus futuros comprometidos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário