Em reunião que durou
cinco horas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aconselhou nesta
quarta-feira, 23, a presidente Dilma Rousseff a atender a todos os pedidos do
PMDB, mesmo que para isso tenha de desidratar o PT na reforma ministerial. “É
melhor perder ministérios do que a Presidência”, disse Lula, segundo relato de
ministros do PT que participaram da conversa, no Palácio da Alvorada. A
portas fechadas, o ex-presidente avaliou que a estratégia montada para atrair
os aliados rebeldes, entregando o Ministério da Saúde – hoje com o PT – à
bancada do PMDB na Câmara deu fôlego para Dilma barrar pedidos de impeachment
no Congresso. Além disso, para não contrariar nenhuma ala do PMDB, Dilma
cogita deixar de lado a fusão das Secretarias de Portos e Aviação Civil. Com
isso, o partido poderá ficar com seis ministérios, e não mais cinco, como
previsto inicialmente. Lula e o vice-presidente Michel Temer sugeriram a
Dilma que não deixasse “na chuva” o filho do deputado Jader Barbalho (PMDB-PA),
para não criar novo foco de rebelião. Os ministros Eduardo Braga (Minas e
Energia) e Kátia Abreu (Agricultura) continuam em seus postos. Henrique Eduardo
Alves (Turismo), também ligado a Cunha, deve seguir no posto. Foto: Divulgação
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