terça-feira, 15 de setembro de 2015

Dilma discute defesa de medidas com base; para oposição, pacote não passa

Menos de 24 horas após o anúncio do pacote de corte de gastos e aumento de tributos, a presidente Dilma Rousseff se reunirá na manhã desta terça-feira (15), no Palácio do Planalto, com líderes das bancadas aliadas na Câmara e no Senado. O objetivo é fazer um apelo para a aprovação das medidas, em grande parte dependente do aval do Congresso. Após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),criticar o pacote, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), saiu nesta segunda (14) em defesa das propostas. Segundo Guimarães, apesar de o caminho se mostrar “longo e tenebroso”, a volta do tributo sobre operações financeiras, nos moldes da extinta CPMF (o chamado “imposto do cheque”), representa uma pedido muito pequeno que Dilma está fazendo à sociedade. “Zero vírgula vinte por cento é tão pouco, por que não damos essa contribuição? Temos um longo e tenebroso caminho pela frente, mas estou absolutamente confiante de que vamos aprovar essas medidas porque o Congresso tem responsabilidade com o país.” Instituída pelo governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a CPMF foi extinta em 2007 pelo Senado. Para que volte a vigorar, é necessário que seja apoiada por pelo menos 60% dos deputados e senadores –por se tratar de emenda à Constituição–, cenário muito difícil hoje em dia. Já a oposição fez coro com o presidente da Câmara e disse que a volta da CPMF não passa no Legislativo. “As oposições vão combater as medidas que levem a mais sacrifício dos brasileiros e não vão aceitar de forma alguma a volta da CPMF. Além de sacrificar ainda mais a população, as decisões vêm de um governo de baixa credibilidade, vacilante e que perdeu as mínimas condições de tirar o Brasil de uma profunda crise política e econômica”, afirmou o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), líder da bancada de oposição na Câmara.


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