Cássio Cunha Lima (PB),
líder do PSDB no Senado
“O caminho de ajuste via aumento de carga tributária é muito mal visto pela
sociedade e pelo Congresso. Teremos que conhecer mais de perto as propostas e
se há um fundo de credibilidade do governo para pôr em prática essas propostas.
Teremos que ouvir todos os setores da sociedade, mas o ambiente no Congresso é
contrário ao aumento de cargas tributárias. As chances de aprovação de mais
carga tributária, como a volta da CPMF, são bastante limitadas no Congresso.”
Jandira Feghali (RJ),
líder do PCdoB na Câmara
“Vamos analisar as medidas. Mas a questão da CPMF acho absolutamente justa. Não
vejo que 0,2% seja um problema que possa prejudicar alguém. Quanto às outras
medidas, acompanhei o anúncio parcialmente e vamos ter que analisá-las. Eu acho
que essa travessia é difícil. Com o nível de polarização da oposição, sempre
dificulta [a aprovação de impostos no Congresso, como a CPMF], mas acho que a
gente tem que trabalhar para ter os votos. Não vai ser simples, não será como
nadar de braçada.”
José Agripino (RN),
senador e presidente nacional do DEM
“As medidas comunicadas não aumentaram em nada a credibilidade do governo. Quem
esperava corte no número de ministérios ou diminuição no número de cargos
comissionados e viu aumento de IOF e ameaça de volta da CPMF, só pode ter ficado
ainda mais indignado. Ainda não entenderam que para merecer apoio às propostas
de aumento de receitas precisam se creditar com corte nas despesas. E isto o
governo do PT insiste em não fazer. Para equilíbrio das contas só com aumento
de impostos, não contarão conosco. Aí é querer acabar de parar o país.”
José Guimarães (PT-CE),
líder do governo na Câmara
“Está todo mundo surpreso, andei conversando com alguns parlamentares e
líderes, todos estão surpresos pela grandiosidade dos cortes e ousadia da presidente.
Estou absolutamente confiante de que iremos aprovar [as medidas], porque o
Congresso tem responsabilidade […] Não são medidas amargas, são medidas
razoáveis, consistentes e que, certamente, precisam passar por profundo diálogo
com o Congresso, com a sociedade e com investidores. Espero contar com o apoio
daqueles que criaram a CPMF no passado, com [alíquota de] 0,38% porque estamos
recriando com a alíquota na metade [0,2%].”
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