A casa em que o
ex-ministro José Dirceu planejava reconstruir sua vida em Vinhedo (SP) ao lado
da filha Maria Antônia, 4, e da mulher, Simone Tristão, após a condenação do
mensalão, jamais chegou a ser conhecida pelo petista depois de pronta. Menos de dois anos depois de ser preso
devido à condenação por seu envolvimento no mensalão, o ex-ministro voltou para a cadeia, desta vez na 17ª fase da
Operação Lava Jato, batizada de “Pixuleco”, deflagrada em agosto. O imóvel, que
recebeu um investimento de mais de R$ 1,8 milhão –segundo depoimento da
arquiteta responsável pela obra, Daniela Facchini, que apresentou documentos
para atestar sua versão–, foi uma das provas materiais que ajudou a levar
Dirceu novamente para trás das grades. Registrada
em nome da TGS Consultoria, empresa de Júlio Cesar, que confessou ter servido
de “laranja” para Dirceu comprar dois imóveis, a casa, com quase 500 metros,
ganhou em sua nova versão 386 itens. Um jogo com poltronas, mesa de centro e
aparador custou R$ 140 mil. Em dois pufes, foram desembolsados R$ 8.600, e a
mesa de trabalho saiu por R$ 6.900. A nova versão da casa também conta com deck
na área externa, banheira e um moderno sistema de TV, com projeção de imagens
em uma película instalada no meio da sala. Todos os detalhes foram pagos pela
empesa do lobista Milton Pascowitch, a Jamp Engenharia Associados, que de abril
a dezembro de 2013 fez depósitos na conta de Daniela totalizando o valor de R$
1,3 milhão. Segundo o depoimento da arquiteta, além desse valor, mais R$ 800
mil foram entregues a ela em espécie por Pacowitch para investir na obra. Foto: Divulgação
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