Após reuniões entre os representantes do governo brasileiro e venezuelano, os presidentes dos respectivos países, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Nicolás Maduro, assinam tratados. Mais cedo, os dois tiveram um encontro bilateral e um ampliado, no Palácio do Planalto.
Durante o discurso, Lula lembrou que há oito anos Maduro não vinha ao Brasil. “A Venezuela sempre foi um parceiro para o Brasil. Por equívocos, Maduro ficou muito tempo sem vir ao Brasil e a gente sem ir lá. Tínhamos uma relação comercial de praticamente R$ 6 bilhões. Isso é ruim para a Venezuela e ruim para o Brasil”, disse Lula.
“Quero dizer que é um prazer te receber aqui outra vez”, afirmou Lula. E qualificou Juan Guaidó, líder da oposição venezuelano e que chegou a se autointitular presidente do país, como um “impostor”. “Eu fiquei sabendo que a Venezuela tinha um reserva de ouro em Londres, e que essa reserva de ouro foi colocada sobre a guarda de Guaidó. Um impostor como presidente da República, porque não aceitaram o presidente eleito”, discursou Lula.
Nas palavras do presidente brasileiro, o preconceito com a Venezuela é muito grande. “Sofremos um preconceito muito grande aqui, por causa da amizade com a Venezuela. Havia discursos e mais disursos onde diziam que o Brasil ia virar Venezuela, Cuba e Argentina”, disse Lula, antes de falar que os tratados seriam em diversas áreas, como cultural, econômica, cientifica e na fronteira contra o narcotráfico.
Maduro, por sua vez, lembrou da tentativa de invasão na embaixada venezuelana no Brasil. “Tínhamos vontade construir uma América do Sul com prosperidade. Isso foi estancado de um dia para o outro por ideologização extrema, subdividindo relações. De repente, todas as janelas com o Brasil foram fechadas, ainda que sejamos países vizinhos”, disse.
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