Parlamentares que fazem oposição a Lula discutem se devem colher assinaturas para protocolar um pedido de impeachment do presidente da República. A iniciativa ocorre após a revelação de fraudes bilionárias no INSS que lesaram aposentados e pensionistas e culminaram com a demissão de Carlos Lupi (PDT) do Ministério da Previdência Social.
“Estamos avaliando, com responsabilidade e seriedade, a apresentação de um pedido de impeachment em decorrência do escândalo do INSS. Os fatos revelados são de extrema gravidade e não podem, em hipótese alguma, ficar impunes”, afirmou o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL). “O maior escândalo de corrupção da história desse país não passará em branco”, prosseguiu.
O pedido de impeachment ainda não é consenso na oposição. Muitos no campo conservador avaliam que, como a eleição ocorrerá já no ano que vem, a melhor estratégia seria enfrentar um Lula “desgastado” a um Geraldo Alckmin (PSB) recém-empossado presidente.
Adepto da linha do desgaste, o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL) colheu as assinaturas necessárias para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito mirando a atuação de sindicatos envolvidos no esquema. A oposição pretende investigar José Ferreira da Silva, irmão de Lula. Conhecido como “Frei Chico”, José Ferreira da Silva é diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), uma das 11 entidades suspeitas de envolvimento no esquema.
Pelo lado do Palácio do Planalto, a avaliação é que a crise do INSS é prejudicial ao governo mas não a ponto de respingar no projeto de reeleição de Lula. O presidente afirma que os aposentados e pensionistas prejudicados serão reembolsados após amargarem os descontos indevidos.
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