O que era para ser um momento de contemplação do fenômeno, acabou se tornando um problema para uma jovem potiguar, de 22 anos durante o eclipse solar anular. Segundo o médico especialista Jaime Martins, a mulher desenvolveu retinopatia solar, uma mancha branca no centro da visão do olho, logo após observar o eclipse sem proteção recomendada.
“Atendemos uma paciente jovem com a queixa de uma mancha no centro da visão, em decorrência da exposição da visão ao sol. Quando examinamos, vimos uma lesão no olho dela. Fizemos o exame e confirmamos o diagnóstico”, disse Jaime.
O médico especialista explicou o que seria a lesão ocasionada pela exposição, mesmo que em um curto período de tempo.
“A retinopatia solar é uma afecção que acomete a mácula, que é a região central da retina, onde a gente tem a formação da visão de detalhes e causada diretamente pela exposição a uma fonte de luz. É bastante comum quando ocorre eclipse porque muitas pessoas olham diretamente para o sol por um tempo prolongado. Esse tempo prolongado são alguns segundos mesmo, não é coisa de ficar horas não, mas pode ser até olhando para uma outra fonte de luz por um tempo prolongado. A luz causa uma lesão nas camadas mais internas da retina e é realmente como se fosse uma queimadura dessas regiões”, explicou o médico.
De acordo com o especialista, o caso não tem um tratamento de cura, porém, alguns pacientes podem apresentar regressão e até mesmo viver sem sequelas.
“A gente confirma o diagnóstico (da lesão) através do exame de fundo de olho e da retinografia. Infelizmente, não existe tratamento curativo para retinopatia solar, mas alguns casos após algumas semanas regridem e deixam o paciente sem sequelas. Outros levam a uma atrofia”, explica o médico.
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