Numa sessão longa de mais de seis horas e marcada às
pressas, o STF também validou uma norma do regimento interno da Câmara
utilizada por Cunha que prevê a votação do processo de impeachment de Dilma
começando por deputados do Norte para o Sul, de forma intercalada. Ficou
estabelecido ainda que a chamada dos parlamentares será feita pela bancada de
cada Estado, alternando uma do Norte e uma do Sul. A metodologia de votação que
foi decidida por Cunha num primeiro momento acabou alterada, após a questão
chegar ao Supremo. A ordem da votação importa porque o placar parcial no
domingo pode representar uma pressão de última hora sobre os ainda indecisos. Para
os governistas, o modelo adotado por Cunha tem por objetivo criar uma “onda”
favorável ao impeachment durante o início da votação, já que, pelo sistema
proposto pelo peemedebista, a maioria dos parlamentares que votarão primeiro
tendem a ser contrários ao governo. O governo preferia ordem alfabética ou
chamada individual, sendo um do Norte e um do Sul.
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