Partido aliado que impôs derrotas ao
governo da presidente Dilma Rousseff nas últimas semanas, o PMDB decidiu apoiar
as medidas provisórias que endureceram o acesso a benefícios trabalhistas como
o abono salarial e o seguro-desemprego. Em jantar realizado no Palácio do
Jaburu, residência oficial da vice-presidência, os peemedebistas afirmaram à
equipe econômica e ao ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que o pacote
em tramitação no Congresso é importante para o ajuste fiscal em implementação
pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy. O jantar na casa de Temer reuniu, além
de Levy e de Mercadante, Nelson Barbosa (Planejamento), Alexandre Tombini
(Banco Central), e os ministros filiados ao PMDB: Kátia Abreu (Agricultura),
Edinho Araújo (Portos), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Vinícius Lages
(Turismo), Eduardo Braga (Minas e Energia), Helder Barbalho (Pesca) e
Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos). Também participaram as principais
lideranças da legenda no Congresso, como os presidentes do Senado, Renan
Calheiros (AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), além do ex-presidente José
Sarney (MA) e do ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (RN). Segundo
Kátia Abreu, os caciques do PMDB não detalharam se apoiarão as duas MPs tais
quais encaminhadas pelo Planalto. Segundo relatos de pessoas que acompanharam o
encontro, Cunha fez uma das defesas mais "contundentes" da
necessidade de ajuste. "Falamos que eles terão nossa boa vontade",
afirmou o presidente da Câmara. Foto: André Dusek
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