“Por causa do obstáculo, Natal tem ficado fora
dos roteiros de nossas associadas”. A declaração do presidente da Associação
Brasileira de Cruzeiros Marítimos, Marco Ferraz, reflete o baixo entusiasmo do
segmento turístico potiguar quando a promoção de passeios náuticos. Para quem circula na capital potiguar,
cruzando dia a dia os dois lados da cidade separados pelo rio Potengi, não
restam dúvidas a utilidade da Ponte Newton Navarro. A estrutura reduziu para
minutos o tempo de trânsito que algumas pessoas chegavam a levar horas para
cumprir. Entretanto, a boa ventura de uns se tornou o problema de outros. Natal
é uma cidade que tem como principal atividade econômica o turismo, segmento que
movimenta 52 cadeias produtivas em todo o Rio Grande do Norte. O turismo
náutico chegou a ser a grande aposta de agências que viam no Porto de Natal uma
grande estrutura a ser explorada pelo segmento. Mas a existência da Ponte
Newton Navarro impôs dificuldade para a atividade náutica. Para chegar ao
porto, os navios precisam passar por baixo da ponte. Mas sua estrutura impede a
passagem de embarcações com altura maior do que 55 metros. Eis o problema: boa
parte dos navios de cruzeiros (explorados por turistas de alto poder
aquisitivo) que navegam na costa brasileira é mais alta do que isso. Portanto,
não pode atracar no Terminal de Passageiros do Porto de Natal. Foto: Divulgação
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