Em época de vacas magras, o governo prepara um
grande plano de venda de ativos para melhorar a qualidade dos gastos públicos
e, ao mesmo tempo, reforçar o caixa da União. Essa estratégia tem duas frentes.
Uma delas é se desfazer de imóveis e terrenos que têm pouca utilidade ou alto
custo para a administração. A outra é alienar a folha de pagamento dos
servidores públicos. Hoje, os pagamentos de 1,2 milhão de funcionários civis
(entre pessoal na ativa, aposentados e pensionistas), no valor de R$ 139,9
bilhões por ano, estão concentrados, em sua maioria, no Banco do Brasil, que
não remunera a União pelo privilégio. O leilão da folha dos servidores está
programado para ocorrer no segundo semestre. A modelagem ainda está em estudo,
mas a licitação deverá ser feita por lotes (grupamentos por estados). O governo
mantém a expectativa de arrecadação em segredo para evitar que o valor se torne
um teto. Atualmente, 30 bancos são responsáveis pelo pagamento dos salários,
sendo que a fatia do BB é de 70%.
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