A atual presidente da Petrobras,
Graça Foster, atuou diretamente no processo de implementação da rede de
gasodutos Gasene, que liga o Sudeste ao Nordeste, e que, segundo auditoria
sigilosa do Tribunal de Contas da União (TCU), teve superfaturamento de mais de
1.800% em um de seus principais trechos. Documento assinado em 2007 por Graça
Foster, então diretora de Gás e Energia, mostra que ela levou à diretoria
executiva da estatal a proposta de aprovação de parcerias para a Transportadora
Gasene. Lá, constam duas informações que demonstram que a empresa era
comandada, de fato, pela Petrobras. Nas páginas 4 e 5, explicita-se que a
companhia estatal agia “em nome e por conta da Transportadora Gasene”. Nas
últimas duas páginas, é proposta a emissão de três cartas de atividade
permitida à gestão da transportadora, forma adotada pela estatal para exercer o
comando do negócio. O carimbo com o encaminhamento à diretoria executiva tem a
assinatura de Graça Foster. O documento foi elaborado em 12 de dezembro de 2007
pelas gerências de três diretorias, incluída a comandada pela atual presidente
da Petrobras. O registro do encaminhamento é de 14 de dezembro de 2007, mesma
data da aprovação pelo colegiado. O que Graça submeteu aos demais diretores foi
a contratação da empresa chinesa Sinopec para a construção do maior trecho do
Gasene, entre Cacimbas (ES) e Catu (BA), e o financiamento junto ao BNDES, com
parte dos recursos vinculada ao banco de desenvolvimento chinês. Foto: Divulgação
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