Após a expulsão dos representantes diplomáticos da Argentina pelo governo venezuelano, o Brasil assumiu a segurança da embaixada do país vizinho em Caracas, onde seis representantes da oposição contra Nicolás Maduro estão exilados politicamente. Nesta quinta-feira (1/8), o presidente Javier Milei agradeceu o apoio brasileiro.
“Agradeço enormemente a disposição do Brasil em assumir a custódia da Embaixada da Argentina na Venezuela. Agradecemos também a representação momentânea dos interesses da República Argentina e dos seus cidadãos. Hoje, o pessoal diplomático argentino teve de deixar a Venezuela em retaliação do ditador Maduro pela nossa condenação da fraude que perpetraram no domingo passado”, publicou Milei em seu perfil no X.
Como representação da presença brasileira na embaixada, a bandeira do Brasil foi hasteada no prédio nesta quinta. Além da Argentina, outros seis países tiveram os diplomatas expulsos pelo regime de Maduro por não reconhecerem a vitória do chavista na eleição de domingo (28/7). São eles: Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai.
“Laços fortes entre Brasil e Argentina”, diz Milei
No agradecimento ao Brasil, Milei mencionou a relação histórica que o país mantém com a Argentina. “Não tenho dúvidas de que em breve reabriremos a nossa Embaixada numa Venezuela livre e democrática. Os laços de amizade que unem a Argentina ao Brasil são muito fortes e históricos”, escreveu.
Após a decisão de Maduro de expulsar a diplomacia argentina, a chanceler do país vizinho, Diana Mondino, solicitou apoio ao Brasil. Espera-se que a mesma representação brasileira ocorra, também, em relação à Embaixada do Peru.
O que representa na prática
A presença brasileira na embaixada argentina é importante para resguardar a integridade e inviolabilidade não só das instalações, mas também dos arquivos e pessoas que seguem exiladas no local. Os funcionários da diplomacia brasileira poderão atuar no prédio argentino.
A ideia, agora, é encontrar uma solução para a presença dos opositores de Maduro e transferi-los para outras embaixadas. O Brasil deve intermediar os acordos, especialmente com países da União Europeia.
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