Foto: Divulgação
O ex-gerente-executivo da Diretoria de Serviços
da Petrobrás Pedro Barusco fechou acordo de delação premiada em que se
compromete a devolver cerca de US$ 100 milhões e contar o que sabe sobre o
esquema de corrupção e propina na estatal. O novo delator da Lava Jato é
considerado peça-chave para a força-tarefa da Polícia Federal e da Procuradoria
da República porque deverá revelar o esquema que era controlado pelo ex-diretor
da área Renato Duque, nome indicado pelo PT e que foi preso na sexta-feira, na
sétima fase da operação, batizada de Juízo Final. O acordo evitou que Barusco
fosse o 26º nome da lista de prisões decretadas pelo juiz federal Sérgio Moro,
que conduz as ações da Lava Jato. O valor de restituição, a título de
indenização, caso seja homologado pela Justiça, será o maior já obtido em um
acordo com servidor da Petrobrás. O ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto
Costa, delator da Lava Jato, e sua família vão pagar cerca de R$ 70 milhões.
Barusco, convertendo em reais, terá que desembolsar R$ 252 milhões. Desse
valor, US$ 20 milhões já haviam sido bloqueados na Suíça, onde ele mantinha uma
conta. Barusco foi apontado como braço direito de Duque na cobrança de propina
pelos executivos da Toyo Setal Julio Gerin de Almeida Camargo e Augusto Ribeiro
de Mendonça Neto, que fecharam acordo de delação com o MPF no dia 22 de
outubro.
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