Condenada pela 36ª Vara Cível do Rio de Janeiro a
pagar R$ 5 mil ao juiz João Carlos de Souza Correa após um desentendimento numa
blitz, a agente da Lei Seca Luciana Silva Tamburini, de 34 anos. "Não
tenho dinheiro para pagar isso, é mais que meu salário", disse ela. Cerca
de três anos e meio depois de receber voz de prisão ao abordar um juiz em uma
blitz da Lei Seca na Zona Sul do Rio, a agente da operação foi condenada a
indenizar o magistrado por danos morais. Luciana Silva Tamburini processou o
juiz João Carlos de Souza Correa, alegando ter sido vítima de situação
vexatória. Porém, a Justiça entendeu que a vítima de ofensa foi o juiz e não a
agente. Ela disse que a "carteirada" que recebeu do magistrado não
foi a única ao longo de três anos que trabalhou na Lei Seca. Luciana acrescenta
que vai entrar com recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra a
condenação que sofreu. Segundo ela, a decisão do Tribunal de Justiça do
Rio é desmotivante. "É um absurdo.
Porque você bota a pessoa ali para trabalhar, para cumprir a lei. É uma pena a lei
ser para poucos, para pessoas que têm o poder maior que o nosso. Imagina se
vira rotina?", pergunta.
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