Amilcar Brunazo Filho é considerado uma das
maiores autoridades mundiais em urna eletrônica. É a voz mais altissonante a
denunciar que nossas urnas não são nada confiáveis. “O modelo de urna usado no
Brasil é ainda de 1ª geração, conhecida como DRE (Direct Recording
Electronic voting machine), onde os votos são gravados apenas em meio digital
eletrônico (e regravável) de forma que nem o eleitor pode conferir se seu voto
foi gravado corretamente e nem os fiscais de partidos podem conferir se foi
somado (apurado) corretamente”. “É um absurdo votar num sistema que não lhe
permite conferir para quem seu voto foi gravado”, estabelece. Todos os países
que já adotaram o sistema de urna eletrônica empregado aqui no Brasil, nas
últimas eleições, já o abandonaram, por seu alto grau de adulteração, explica o
engenheiro Amilcar Brunazo Filho. “O sistema não gera documentação que possa
ser usada numa eventual auditoria contábil (recontagem) dos votos e assim, nem
o eleitor teve como saber se seu voto foi gravado corretamente, nem os
auditores podem saber se o voto que o eleitor digitou foi contado corretamente.
Muitos deles, como a fraude do mesário (que permite a inserção de voto por
gente não autorizada), a clonagem de urnas (carregar urnas verdadeiras em
duplicidade para inserir votos) e a modificação de votos na totalização
poderiam ser detectadas por uma fiscalização eficiente dos Partidos, o que
raramente ocorre. A autoridade eleitoral brasileira, formada, em sua
cúpula administrativa, por membros do STF e do STJ, tem poderes excepcionais de
legislar, administrar e julgar em causa própria e não admite adotar um
sistema eleitoral eletrônico que permita à sociedade civil conferir se o
resultado que eles publicam está correto. Eles não aceitam terem seu trabalho
na área eleitoral submetido a nenhum tipo de “controle externo”, que o voto
impresso conferível pelo eleitor permitiria. Enquanto o eleitor brasileiro não
compreender que é um absurdo votar num sistema que não lhe permite conferir
para quem seu voto foi gravado e será contado e não exigir mudanças concretas
nas urnas-e brasileiras, a autoridade eleitoral brasileira vai continuar nos
impondo abusivamente esse sistema sem nenhuma transparência efetiva e que já
foi abandonado no resto do mundo".
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