Segundo o colunista Josias de Souza, do UOL, a
péssima repercussão do acordo de proteção recíproca celebrado entre o PT e PSDB
na CPI da Petrobras fez fechar o tempo no quintal da oposição. Ao ler o
noticiário sobre o tema, Aécio Neves soltou alguns raios que os partam antes de
expedir uma nota desautorizando o acerto. Ao farejar o cheiro de recuo,
o petismo fez circular a versão de que a reunião que desaguou no acordo foi
gravada. A fita incluiria dois momentos áureos. Num, seria possível ouvir algo
parecido com um bate-boca entre o senador petista Humberto Costa e o deputado
tucano Carlos Sampaio. Noutro, as partes chegam a um entendimento sobre os
personagens que deveriam ser poupados do dissabor de uma convocação. A
irritação de Aécio levou os líderes do PSDB, DEM, PPS e Solidariedade a
soltarem uma nota repudiando o acordo da véspera. Aécio refugou, por
branda, uma primeira versão. Na segunda, a oposição falou grosso e transferiu
todas as culpas para o relator petista da CPI: “Os líderes dos partidos de
Oposição (PSDB, Democratas, Solidariedade e PPS) esclarecem que rechaçam
veementemente o suposto acordo anunciado ontem [quarta-feira] pelo relator da
CMPI da Petrobras, deputado Marco Maia (PT-RS)…” Se existe uma gravação da lambança,
a plateia adoraria ouvir.
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