A secretária de Energia da Argentina, Flavia Royón, anunciou na segunda-feira (12) que seu país conta com US$ 689 milhões de financiamento do BNDES para concluir a construção do 2º trecho do gasoduto Néstor Kirchner, de quase 500 km e que vai até San Jerónimo, na província de Santa Fé.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, ainda sob comando do governo de Jair Bolsonaro, emitiu uma nota dizendo que não há essa liberação.
Ocorre que interessa ao futuro governo, do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que toma posse em 1º de janeiro de 2023, reaproximar o Brasil do país vizinho. O petista já recebeu o presidente argentino, Alberto Fernández, logo depois da vitória e prometeu visitá-lo tão logo tome posse, no 1º trimestre de 2023.
Ao câmbio desta sexta-feira (12), os US$ 689 milhões pretendidos pela Argentina equivalem a R$ 3,6 bilhões.
“Iniciamos a construção do primeiro trecho do gasoduto Presidente Néstor Kirchner, que aumentará a produção de Vaca Muerta e ampliará a capacidade de transporte de gás em 30% e nos permitirá economizar 2 bilhões de dólares em importações. Além disso, obtivemos financiamento de 689 milhões de dólares do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e outros 540 milhões do CAF [Banco de Desenvolvimento da América Latina] para seu segundo trecho”, disse Flavia Royón, segundo reportagem no site de notícias Vacamuertanews.
O BNDES soltou uma nota na quarta-feira (14) dizendo que houve uma consulta, mas ainda não tem um pedido formalizado para oferecer o financiamento: “O governo argentino, por meio de sua embaixada em Brasília, e empresas brasileiras entraram em contato com o BNDES e com o Ministério da Economia em consulta sobre eventual financiamento à exportação de bens brasileiros. Não há pedido formal de financiamento protocolado no BNDES”.
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