Antes de ir à Câmara e dar declarações contra o governo Temer e o PMDB, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já havia demonstrado irritação com as movimentações governistas que, segundo ele, estariam impedindo o crescimento do DEM. "A gente não pode ficar levando facada nas costas do PMDB, principalmente de ministros do Palácio e do presidente do PMDB", advertiu, em referência aos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, e ao presidente da sigla, senador Romero Jucá (RR).
"Tenham respeito e tirem os pés da nossa porta", disse Maia, em recepção na Embaixada do Chile à qual compareceu como presidente da República em exercício, na noite desta quarta-feira, 20. O principal motivo da irritação de Maia é o assédio do PMDB a parlamentares do PSB que também são cobiçados pelo DEM.
Maia ressalvou, no entanto, que não há relação entre o descontentamento do DEM com a ação dos governistas com a chegada à Câmara da segunda denúncia contra o presidente. "Mas o partido está incomodado e a gente espera que o PMDB entenda o que o DEM fez pelo governo até agora."
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