Michel Temer e sua comitiva foram recebidos por Lula na noite desta quinta-feira com rara cordialidade, no hospital Sírio Libanês. O líder máximo do PT agradeceu comovido à solidariedade recebida após a confirmação da morte de sua mulher, Marisa Letícia. Em meio à tristeza, encontrou disposição para fazer de política.
Lula distribuiu conselhos a Temer: “Não se faz reforma da Previdência com o país em recessão”. Queixou-se do Supremo Tribunal Federal: “Está acovardado”. Abriu uma fresta para o diálogo: “Michel, quando quiser conversar comigo, me chame. Não posso é ficar me oferecendo.” E Temer: “Ah, com essa abertura, vou chamar muitas vezes.”
Temer hesitara em voar para São Paulo. Receava não ser bem-vindo. Sondado, Lula estimulou a viagem. Acompanharam o presidente pajés do PMDB (Renan Calheiros, Romero Jucá, José Sarmey e Eunício Oliveira, por exemplo), um par de estrelas do tucanato (José Serra e Cássio Cunha Lima) e ministros (Moreira Franco e Helder Barbalho).
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