quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

‘Tô precisando arrumar dinheiro’, teria dito Cunha para receber propina

“Tô precisando de arrumar dinheiro para a campanha”, esta é uma frase que o lobista Fernando Soares, o Baiano, teria ouvido do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A conversa, que teria ocorrido entre 2010 e 2011, com o objetivo de “pressionar” o executivo Júlio Camargo, o que resultou no pagamento de pelo menos R$ 5 milhões em propina para Cunha. Parte de uma série de vídeo inéditos, as delações de Baiano foram juntadas a depoimentos de alguns dos principais delatores da Operação Lava Jato, como o próprio Baiano, o empreiteiro Ricardo Pessoa e os entregadores de valores Carlos Alexandre de Souza Rocha e Rafael Angulo, que trabalhavam para o doleiro Alberto Youssef. Os delatores dão detalhes sobre as acusações que fizeram a diversos políticos com foro privilegiado no STF. Fernando Baiano contou que Cunha aceitou pressionar Camargo para que ele pagasse propinas em atraso em torno da compra pela Petrobras de navios-sondas para a estatal. “Nesse momento eu até falei para ele: ‘Eduardo, o que eu conseguir receber, eu te dou 50%'”, contou Baiano, segundo o vídeo. Cunha respondeu, de acordo com o delator, “que ele tinha tomado a decisão de fazer um requerimento para pressionar o Julio” disse o Baiano. De acordo com denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), o requerimento foi elaborado por Cunha e subscrito pela deputada Solange Almeida (PMDB-RJ). Foto: Divulgação

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