segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Novo mínimo terá impacto de R$ 1,1 bilhão nas prefeituras nordestinas

Levantamento da CNM (Confederação Nacional dos Municípios) aponta impacto de R$ 1,1 bilhão nos orçamentos das prefeituras nordestinas com o reajuste do salário mínimo. A alta de gastos será de R$ 2,6 bilhões em todo o país. A concentração do impacto no Nordeste é fruto de uma situação peculiar: 36% dos funcionários públicos municipais da região ganham o salário mínimo. Nos municípios de São Paulo, por exemplo, o índice é de 0,8%. As prefeituras ainda irão absorver um impacto de cerca de R$ 7 bilhões do reajuste do piso dos professores. Do outro lado, terão que se virar com menos recursos. Em 2015, o aumento dos repasses da União ao FPM (Fundo de Participação dos Municípios) foi menor que a inflação, com perda real de 2%. E não há indicativo de que será diferente neste ano. A perda de arrecadação combinada com um aumento “forçado” de gastos ainda traz outro problema: o cumprimento do teto de gasto com pessoal previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Mais pobres e dependentes de repasses federais, as prefeituras no Nordeste estão à beira do colapso e serão as mais afetadas com os reajustes salariais dos servidores. O cenário, aliado à queda nos repasses, deve refletir na oferta de programas federais (como o Saúde da Família), centros de assistência social e creches, já que as prefeituras estão sem margem para o custeio de novos servidores. O mínimo foi reajustado, neste mês, de R$ 788 para R$ 880 –um aumento de 11,5%.

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