Procurador Deltan Dallagnol e procurador-geral Rodrigo Janot Foto: Paulo Lisboa
O Ministério Público Federal
anunciou nesta quinta-feira a primeira fase de denúncias envolvendo desvios na
Petrobras. Com base, por enquanto, nas investigações envolvendo apenas a
diretoria de Abastecimento, os procuradores ofereceram denúncia contra 36
pessoas implicadas no esquema de corrupção na estatal, sendo 25 delas ligadas a
grandes empreiteiras do país: OAS, Camargo Corrêa, UTC, Mendes Junior, Engevix
e Galvão Engenharia. A força-tarefa do MPF espera o ressarcimento de R$ 1,186
bilhão para que sejam recuperados valores desviados em contratos com a
Petrobras firmados por empreiteiras. Mais cedo, em coletiva de imprensa, o MPF
tinha dito que os denunciados eram 35. No fim da
tarde desta quinta-feira, no entanto, se corrigiu e acrescentou o 36º acusado,
Dalton Avancini, presidente da Camargo Corrêa. No total, nesta fase inicial de
acusações sobre o escândalo na estatal, foram denunciados nove pessoas ligadas
à OAS, 10 à Camargo Corrêa e UTC (somados); 16 à Mendes Junior e à GDF (esta última
do doleiro Youssef); sete à Galvão Engenharia; e nove à Engevix. O valor
envolvido na lavagem de dinheiro alcança R$ 74,149 milhões, em 105 casos
tipificados como crimes. Foram identificados ainda 154 atos de corrupção. O MPF
diz que os crimes de corrupção apurados apenas nesta etapa envolvem R$ 286
milhões. “Essas pessoas roubaram o orgulho dos brasileiros” disse Janot.
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