A presidente Dilma já tinha dado o recado ontem
na conversa com os jornalistas. Quando ela disse que consultaria o Ministério
Público queria dizer apenas que não nomearia nenhum dos nomes citados nos
vazamentos atribuídos à delação premiado do ex-diretor da Petrobras Paulo
Roberto Costa. O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDBRN),
foi um dos nomes citados e por isso perdeu a chance de ser ministro. O vice
Michel Temer foi formalmente informado dessa decisão pela presidente Dilma na
conversa que tiveram no final da tarde de ontem. O vice, e presidente do PMDB,
afirmou que isso não provocaria nenhum ruído pois o próprio Henrique Alves
tinha tomado a iniciativa de pedir que seu nome não fosse apresentado. Pois
avaliava que isso era o melhor a fazer nas atuais circunstâncias. Na conversa,
a presidente argumentou com Temer que além de aguardar que fosse esclarecido o
episódio da citação de Henrique pela mídia, como um dos nomes que costa da
Operação Lava Jato, era preciso que ele permanecesse na presidência da Câmara
durante a disputa para sucedê-lo. O líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), concorre
contra o ex-presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PTSP). No início da noite,
Temer relatou a conversa com a presidente. “Fui citado absurdamente e concordo
com a decisão. A presidente Dilma fez certo. Precisamos que os fatos fiquem
esclarecidos. Isso é de meu interesse também”, afirmou Henrique Alves. Foto: Divulgação
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