Com 348 notificações, as suspeitas de dengue deram um salto de 25% no Rio Grande do Norte nas três primeiras semanas de janeiro, comparado ao mesmo período de 2023, que teve 278 registros. O número chama a atenção das secretarias de saúde, visto que o Ministério da Saúde já alertou em dezembro passado sobre o risco de uma epidemia de dengue neste ano em estados do Sul, Sudeste e Centro Oeste do país. Por outro lado, os números da Chikungunya, também transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, caíram. Se nas três primeiras semanas de 2023 foram 116 notificações, agora há 43.
De acordo com a Coordenadora de vigilância em saúde da Secretaria de Saúde do Estado (Sesap/RN), Diana Rego, os números da dengue são preocupantes porque estão acima do esperado. “São mais de 20 municípios prioritários e a Sesap vem fazendo visitas técnicas, entendendo quais são as dificuldades que apresentam e quais as estratégias de combate podem que ser desenvolvidas ainda nesse período de janeiro e fevereiro”, declarou.
A região metropolitana, segue sendo a de maior incidência. Segundo ela, deve-se à proporcionalidade de habitantes e, mesmo em municípios menores, observa-se que os casos aumentam nas áreas de maior aglomeração.
Neste sentido, as pessoas precisam manter o hábito de limpeza para evitar a proliferação do mosquito, que também transmite outras doenças, como Zica, febre amarela e Chikunngunya, eliminando água parada, por exemplo, em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e tampas de garrafas.
O trabalho de orientação também passa pela importância de receber os agentes de endemias que realizam as visitas domiciliares em todo o estado. Em Natal, 350 mil residências são visitadas por 210 agentes distribuídos em todos os distritos sanitários, segundo o chefe da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) da capital, Jan Pierre Araújo.
Na capital, foram notificados 160 casos de arboviroses, sendo 151 dengue, com 27 confirmados e 9 de chikungunya, com uma confirmação.
Nas situações mais críticas, os conhecidos “fumacês” são enviados para a área.
São usados os fumacês portáteis, uma vez que os acoplados nos veículos são acionados quando for constatado epidemiologicamente a condição de epidemia. Os pneus expostos nas ruas e terrenos foram responsáveis por 60% dos focos do Aedes Aegypti na cidade.
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