O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) denunciou, nesta quinta-feira, o ex-ministro dos governos Dilma e Temer Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), por lavagem de dinheiro. Na denúncia, encaminhada à 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, o MPF argumenta que Alves encobriu propina das obras do Porto Maravilha, no Rio, em contas no exterior.
O ex-ministro, segundo o MPF, se associou a Eduardo Cunha, Fábio Cleto, Lúcio Funaro e Alexandre Margotto para obter vantagens indevidas na concessão de recursos do FI-FGTS, da Caixa Econômica Federal. Alves está preso desde 6 de junho deste ano.
A denúncia é resultado das investigações realizadas no âmbito da Operação Sépsis. O MPF argumenta que o ex-ministro e ex-presidente da Câmara do Deputados encobriu a propina paga pela Construtora Carioca, uma das responsáveis pela obra Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. De acordo com o MPF-DF, Henrique Eduardo Alves realizou transferências de uma conta titularizada por uma offshore, da qual era beneficiário econômico, para outras contas em paraísos fiscais.
Segundo a ação, a pedido de Eduardo Cunha, a Construtora Carioca transferiu a propina para a conta titularizada pela empresa offshore Bellfield, cujo beneficiário era Henrique Eduardo Alves. O total equivalente a mais de R$1,6 milhão foi creditado na conta Bellfield, nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2011.
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