quarta-feira, 25 de novembro de 2015

PF prende senador Delcídio Amaral (PT-MS) e banqueiro André Esteves

O líder do governo no Senado, senador Delcídio Amaral (PT-MS), foi preso preventivamente na manhã desta quarta-feira no flat onde mora em Brasília. O senador é acusado de ameaçar familiares do ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró e de ter oferecido a ele ajuda para fugir do Brasil e não revelar nada sobre o esquema de corrupção da Petrobras. A prisão foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, que apontou o oferecimento de vantagem como uma mesada de R$ 50 mil para família de Cerveró. Também foram presos o banqueiro André Esteves, do banco Pactual, o chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira Rodrigues, e o advogado Edson Ribeiro, que trabalha para Cerveró. Todos estão envolvidos na mesma acusação, de obstrução da Justiça. Delcídio chegou de carro, às 8h15, à Superintendência da Polícia Federal em Brasília. O veículo preto em que estava foi seguido por outro, de escolta. Ele não foi algemado. Segundo a Polícia Federal, o senador não vai ficar em cela comum, mas numa sala reservada a autoridades, uma sala comum de trabalho da polícia, devido a seu foro privilegiado. É uma situação provisória, pois a PF aguarda o posicionamento do Supremo sobre a manutenção ou não da prisão do petista, para então decidir o local onde ele ficará recluso. Se tiver que passar a noite, Delcídio será realocado para a carceragem de passagem da superintendência. Ele pode ser levado ainda nesta terça-feira para a ala da PF no presídio da Papuda. o filho de Cerveró, Bernardo, entregou à polícia uma gravação de Delcídio oferecendo vantagens a Cerveró para ele não fazer a delação, homologada nesta semana. Delcídio é o primeiro senador da República preso em flagrante, por conta da oferta para a fuga, que é um crime continuado. A delação de Cerveró envolve outros políticos ligados ao PMDB. Apesar do Delcídio ser do PT, ele sempre foi considerado um político ligado ao PMDB dentro da estatal. Dois senadores foram citados por Cerveró aos procuradores da PGR. Créditos: O Globo

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