O dossiê enviado pelo Ministério Público da Suíça à
Procuradoria-Geral da República (PGR) contém documentos que contrariam a versão
do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sobre contas no exterior.
Embora ele tenha afirmado que nunca movimentou o dinheiro depositado em uma de
suas contas naquele país por um lobista, extratos obtidos mostram o contrário.
Só no ano passado, os recursos foram movimentados duas vezes. A primeira movimentação foi para
aplicar em ações da Petrobras e a outra para transferir montante para uma conta
de uma empresa em Cingapura, em qual Cunha é beneficiário. Investigado pela Operação
Lava Jato, o lobista João Augusto Henriques contou,
em delação premiada, que depositou 1,3 milhão de francos suíços em uma conta do
peemedebista. O pagamento foi em decorrência da intermediação de Cunha na venda
de um campo de petróleo na África para a Petrobras.
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