quarta-feira, 16 de julho de 2025

Natal cai 16 posições em ranking nacional de saneamento e ocupa 80º lugar entre as 100 maiores cidades


Natal caiu 16 posições no Ranking do Saneamento 2025, elaborado pelo Instituto Trata Brasil com base em dados de 2023. A capital potiguar passou da 64ª posição no ano anterior para a 80ª colocação entre as 100 maiores cidades brasileiras. O levantamento foi divulgado nesta terça-feira 15.

A queda foi a terceira maior registrada no ranking, empatada com o Rio de Janeiro. A maior variação negativa foi da cidade de Campo Grande (MS), que perdeu 20 posições. Segundo o levantamento, a regressão de Natal está associada à redução na cobertura e no tratamento de esgoto.

A cobertura de esgotamento sanitário caiu de 53,79% em 2022 para 43,66% em 2023. O percentual de esgoto tratado também recuou, passando de 50,2% para 43,66%.

Em nota, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) afirmou que a queda no ranking foi impactada por uma mudança na metodologia de aferição, agora alinhada ao censo mais recente. A companhia informou ainda que novas melhorias estão em curso. “Até o final de agosto, o primeiro módulo da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) Jaguaribe será ativado. Esta etapa crucial elevará a cobertura de esgotamento sanitário na Zona Norte de Natal dos atuais 3% para 43%”, declarou a Caern. Segundo o órgão, com a ativação do segundo módulo da estação, a cobertura na região deve chegar a 95%, ampliando a cobertura geral da capital para cerca de 80%.

No abastecimento de água, a cobertura também caiu. Em 2019, Natal atendia 96,63% da população. Em 2023, o percentual foi de 90,13%.

O investimento em saneamento na cidade em 2023 foi de R$ 72,65 milhões, maior que o registrado no ano anterior (R$ 40,51 milhões), mas ainda abaixo dos anos de 2019 a 2021. O valor médio por habitante foi de R$ 119,13, inferior à média nacional de R$ 130,05.

Em contrapartida, houve redução nas perdas do sistema: o índice de perda de faturamento caiu de 49,37% para 47,80%, a perda na distribuição foi de 54,61% para 50,24% e as perdas por ligação passaram de 632,93 para 582,58 litros por dia.

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