O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) implementou em 3 de julho de 2025 uma medida antidumping que resultou em um aumento estimado de até 35% no preço dos colchões no Brasil, segundo projeções da Abicol (Associação Brasileira da Indústria de Colchões).
A Resolução GECEX nº 754/2025, impôs sobretaxas às importações de poliol poliéter da China e dos Estados Unidos.
O governo diz que a decisão foi tomada após identificar a prática de dumping e prejuízo à indústria nacional. O insumo representa até 55% da composição da espuma.
Conforme dados da Abicol (Associação Brasileira da Indústria de Colchões), as sobretaxas antidumping –que vão de US$ 680,13 a US$ 1.469,16 por tonelada– elevaram imediatamente em 25% a 40% o preço do poliol importado da China e dos EUA.
A entidade estima que entre 50% a 60% do poliol consumido no Brasil é importado, o que ampliou o impacto da medida ao longo da cadeia produtiva.
Como reflexo, o custo da espuma subiu, em média, de 15% a 25%, conforme a fórmula adotada por cada fabricante. Esses aumentos, afirma a associação, já se refletem no preço final dos colchões, com aumento estimado de até 35% em alguns casos.
O único produtor nacional do insumo é a Dow –uma multinacional de capital norte-americano. Ou seja, é uma empresa estrangeira que atua no Brasil e está sendo protegida de concorrência internacional.
A Dow é apontada como articuladora da resolução junto ao governo. Ocorre que a empresa não atende a toda a demanda interna.
Sua participação no mercado brasileiro não passa de 50%, de acordo com estimativas da Abicol e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Isso reforça a dependência das indústrias brasileiras de colchões das importações para suprir o restante da demanda.
A Abicol diz que essa sobretaxa pode provocar:
- desabastecimento;
- fechamento de fábricas;
- transferência de produção para outros países do Mercosul.
- A associação acionou a Justiça contra a decisão.
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