O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, durante coletiva em Bruxelas nesta quarta-feira (19/7), que “não existe possibilidade” de abrir espaço na Casa Civil para que o Progressistas (PP) e o Republicanos sejam acomodados no governo. O mandatário brasileiro afirmou que há interesse em agregar os partidos, no entanto, conversas serão conduzidas com “muita tranquilidade”.
A declaração de Lula ocorreu um dia após o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmar que a entrada das duas legendas – que fazem parte do Centrão – no governo federal “está consolidada”.
“Quem discute ministro é o presidente da República, não é o partido que pede ministério, é o presidente que oferece”, afirmou Lula. Ele foi questionado se há possibilidade de o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), ir para a Petrobras, e de uma reacomodação buscando agradar PP e Republicanos.
Os dois partidos combinam cargos do primeiro e segundo escalões da Esplanada. Historicamente, siglas do Centrão negociam cargos com a gestão federal em troca de apoio no Congresso Nacional.
Segundo o presidente, é de interesse do governo aumentar a base “para dar tranquilidade à governança” na Câmara dos Deputados e no Senado, porém, a questão será discutida “no momento adequado”.
Lula explicou que, quando retornar ao Brasil e, após o recesso dos deputados, ele chamará as pessoas para conversar e “oferecerá o que acha que é necessário para construir a tranquilidade no Congresso Nacional que nós precisamos”.
“A gente não pode ir com muita sede ao pote. A gente tem que ir devagar, para fazer um acordo maduro, que seja duradouro para a gente fazer as coisas certas”, prosseguiu.
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