sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

A delação do lobista da Odebrecht em Brasília

A revista VEJA teve acesso à íntegra dos anexos de Claudio Melo Filho, que se tornou delator do petrolão depois de trabalhar por doze anos como diretor de Relações Institucionais da Odebrecht. Em 82 páginas, ele conta como a maior empreiteira do país comprou, com propinas milionárias, integrantes da cúpula dos poderes Executivo e Legislativo. O relato atinge o presidente Michel Temer, que pediu 10 milhões de reais a Marcelo Odebrecht em 2014. Segundo o delator, esse valor foi pago, em dinheiro vivo, a pessoas da estrita confiança de Temer, como Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil, e José Yunes, amigo há 50 anos de Temer e assessor especial do presidente.
A Veja também publicará na edição, que vai às bancas amanhã, a lista dos políticos que receberam propina da Odebrecht, segundo Claudio Melo Filho. Há deputados, senadores, ministros, ex-ministros e assessores de Dilma Rousseff.
“Para provar o que disse, o delator apresentou e-mail, planilhas e extratos telefônicos. Uma das mensagens mostra Marcelo Odebrecht, o dono da empresa, combinando o pagamentos a políticos importantes”, diz a revista.
A Veja cita os codinomes “Justiça”, “Boca Mole”, “Caju”, “Índio”, “Caranguejo” e “Botafogo”.
Justiça é Renan, Boca Mole é Heráclito Fortes, Caju é Jucá, Índio é Eunício Oliveira, Caranguejo é Eduardo Cunha e Botafogo é Rodrigo Maia.

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