Os 89 maiores contratos da Petrobras foram a
fonte para um volume total de propina que chega a R$ 1,2 bilhão, segundo
valores contidos em planilha entregue aos procuradores da Operação Lava Jato
por Pedro Barusco, ex-gerente da petroleira, e corrigidos pela inflação do
período. Os contratos listados por Barusco somam R$ 97 bilhões. O suborno
equivale a 1,3% deste valor. Em depoimento que prestou após acordo de delação
premiada, o ex-gerente citou que a propina variava de 1% a 2% do valor
contratado. A tabela de cinco páginas detalha em que acertos houve propina,
quem pagou, o nome do intermediário, em que data e como o dinheiro foi dividido
entre o PT, o ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, o ex-diretor de
Serviços, Renato Duque, e o próprio Barusco. Duque ocupou o cargo por indicação
do PT, o que seus advogados negam. No acordo que assinou, Barusco se
comprometeu a devolver US$ 97 milhões que recebera de suborno.
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