Romário chegou ao Senado com uma exigência: sentar
na janela. A expressão, que ele usou em 2003 sobre o então técnico do
Fluminense, Alexandre Gama — “o cara nem entrou no ônibus e já quer sentar na
janela” —, era lembrada esta semana nos corredores do Congresso por
funcionários e senadores. Tudo porque o ex-jogador, recém-empossado para o
primeiro mandato no Senado, queria ser alocado num gabinete com o número 11,
camisa que o consagrou no futebol. O problema é que o prédio do Senado não
dispõe do gabinete exigido pelo baixinho. A exigência virou um problema
institucional. A primeira alternativa foi oferecer a Romário um gabinete na
torre principal, com o final 11. Ele não aceitou justificando que precisaria de
um gabinete com saída facilitada, pois não gosta da ideia de ficar preso
dependendo de elevadores. Foi então que o presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), envolvido em sua campanha de reeleição, acabou autorizando uma
gambiarra: fez um ofício transformando o gabinete número 4 em número 11. Agora,
na Ala Nilo Coelho, uma das mais nobres do Senado, as salas estão numeradas
assim: 1, 2, 3, 11, 5, 6, 7, 8, 9 e 10. A alteração numérica tem causado
problemas para Álvaro Dias (PSDB-PR), dono do último gabinete do corredor.
Secretárias e assessores do tucano são abordados diariamente por entregadores e
visitas que param ali, em busca do gabinete de Romário. Foto: Givaldo Barbosa
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