Depois de mais de duas horas de reunião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu manter Jean Paul Prates na presidência da Petrobras. Lula e Prates se reuniram na tarde desta segunda-feira (11), no Palácio do Planalto, em meio à crise dos últimos dias. Os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Rui Costa (Casa Civil) e diretores da Petrobras também participaram da reunião.
Depois do encontro, Haddad e Silveira declararam que a saída de Prates não foi sequer discutida na reunião. Segundo o ministro da Fazenda, a diretoria da empresa apresentou em detalhes um plano de desenvolvimento.
Na última sexta-feira (8), as ações fecharam em queda de 10,5%, o que significou perda de valor de mercado de R$ 55 bilhões em apenas um dia. O ruído no mercado ocorreu após o anúncio de que a Petrobras iria reter os dividendos extraordinários avaliados em R$ 43,9 bilhões.
A decisão de não distribuir os recursos foi uma orientação do próprio governo. Na votação do Conselho de Administração sobre o tema, cinco conselheiros indicados pelo Executivo e representante dos trabalhadores foram contra a distribuição. Os quatro representantes de acionistas minoritários votaram a favor da distribuição de 100%.
Segundo Prates, a diretoria da estatal inicialmente propôs 50% dos dividendos extraordinários para reserva e 50% para pagamento agora. Diante da resistência dos representantes do governo, ele se absteve de votar na reunião.
O presidente Lula tem dado mostras ininterruptas de que pretende usar as empresas estatais diretamente dentro do plano de governo — embora a Petrobras seja uma empresa aberta, com ações em bolsa e sócios minoritários.
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