“Vamos celebrar sim! Viva os 40 anos do MST!”, afirmou a deputada estadual Isolda Dantas (PT), após o veto da Assembleia Legislativa do RN contra a homenagem da Casa aos 40 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), nesta quarta-feira 13. Autora do requerimento, a parlamentar protestou contra o veto. Foram 11 deputados contras e apenas cinco a favor.
“Não é razoável uma Casa impedir que trabalhadores e trabalhadoras passem 10 anos debaixo de uma lona preta produzindo alimentos, sejam homenageados”, lamentou a parlamentar, ressaltando que a classe política que vota contra o MST, entra nos assentamentos para pedir votos. “Aqui fica minha tristeza, meu lamento”, disse a deputada.
O MST lidera há mais de 10 anos a maior produção de arroz orgânico da América Latina, conforme o Instituto Riograndense de Arroz (Irga) e o trabalho da agricultura familiar e camponesa do RN fornece produtos para 55 escolas do estado.
Cerca de 12 assentamentos e 8 acampamentos do MST no RN produzem, anualmente, toneladas de mandioca, batata-doce, macaxeira, banana, abacaxi, grãos como feijão-verde e milho, além de frutas como caju e, em menor quantidade, acerola e goiaba.
O veto foi motivado pela declaração de oposição ao requerimento feita pelo deputado estadual Coronel Azevedo (PL), que criticou a homenagem a um movimento que, segundo ele, opera à margem da lei, invadindo terras produtivas. Azevedo alegou que a proposta da parlamentar seria uma forma de prestigiar um grupo envolvido em atividades ilegais em todo o país.
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