O presidente Jair Bolsonaro decidiu demitir Vicente Santini do cargo de secretário-executivo da Casa Civil nesta terça-feira, 28. A determinação ocorre depois de o número dois do ministério comandado por Onyx Lorenzoni ter viajado à Índia em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB). Com Onyx em férias, Santini estava na condição de ministro em exercício, mas poderia ter optado por voo comercial.
“A questão do avião da Força Aérea. Inadmissível o que aconteceu. Já está destituído da função de (secretário) executivo do Onyx. Decidido por mim”, afirmou Bolsonaro na chegada ao Palácio da Alvorada, após volta da viagem oficial à Índia. “Vou conversar com o Onyx, ver quais outras medidas podem ser tomadas contra ele. É inadmissível o que aconteceu. Ponto final”, acrescentou.
Segundo o presidente, a atitude de Santini não foi ilegal, mas “completamente imoral”. Segundo a FAB, podem utilizar as aeronaves oficiais ministros de Estado e “demais ocupantes de cargo público com prerrogativas de ministro”. Outros ministros, no entanto, como Bento Albuquerque (Minas e Energia), e Tereza Cristina (Agricultura), optaram pelo uso do avião comercial.
“Eu mesmo já viajei no passado, não era presidente, para a Ásia toda, de comercial, classe econômica, e não entendi”, afirmou Bolsonaro sobre a decisão de Santini. “A explicação que chegou em um primeiro momento, (que) ele teve que participar da reunião de ministros. Essa não, essa desculpa não vale”, acrescentou o presidente.
O governo não informa o custo da viagem, mas de acordo com oficiais da FAB, um deslocamento como este não sai por menos de R$ 740 mil.
O governo não informa o custo da viagem, mas de acordo com oficiais da FAB, um deslocamento como este não sai por menos de R$ 740 mil.
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