Deltan Dallagnol, procurador |
Após três anos da deflagração da Operação Lava Jato, 155 acordos de colaboração premiada, mais de 130 condenações com penas que ultrapassam os 1.300 anos, ‘no Brasil, ainda, a corrupção compensa’. A opinião é do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato. Nesta quinta-feira, 30, ao anunciar uma ação de improbidade administrativa contra o Partido Progressista, 10 políticos, um ex-assessor e cobrar R$ 2 bilhões, Deltan afirmou também que há ‘uma série de incentivos à corrupção’ no País.
“No balanço de custos e benefícios da corrupção, no Brasil, ainda, infelizmente a corrupção compensa”, afirma o procurador. “Para mudar essa situação são necessárias reformas políticas e reforma no sistema de Justiça Criminal. Para isso, nós dependemos todos do Congresso e é importante que todas as pessoas, o cidadão, se engajem nesse processo.”
A primeira ação cível coletiva da Operação Lava Jato contra um grupo de políticos envolvidos no bilionários esquema de corrupção na Petrobrás busca a responsabilização do PP pelos prejuízos causados aos cofres públicos. A ação cobra, individualmente, cinco deputados federais da legenda e pede ainda a suspensão dos direitos políticos por dez anos, proibição de contratar com o Poder Público e a vedação de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, além da cassação da aposentadoria especial dos parlamentares ou perda do direito à contagem do tempo como deputado para a aposentadoria.
Segundo Dallagnol, ‘existe no Brasil uma série de incentivos à corrupção tanto no âmbito político como no âmbito do sistema de Justiça criminal que faz com que a corrupção compense’.
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