sexta-feira, 17 de março de 2017

Frigorífico comprava carne podre e disfarçava com produto químico, diz Justiça

Carne de cabeça de porco seria usada para fabricar linguiça, o que é proibido. Frigorífico também usava carne estragada na produção

Ao menos um dos frigoríficos investigados na Operação Carne Fraca comprava carne podre e disfarçava o sabor com ácido ascórbico. A informação está na decisão da Justiça Federal do Paraná que deu origem à ação desta sexta-feira (17) e foi dada pela médica veterinária Joyce Igarashi Camilo, veterinária responsável pela empresa Peccin, do Rio Grande do Sul, em 2014.
De acordo com Joyce, "a PECCIN também comprava notas fiscais falsas de produtos com SIF (Serviço de Inspeção Federal) para justificar as compras de carne podre, e utilizava ácido ascórbico para maquiar as carnes estragadas".
Também conforme a decisão da JF, a então auxiliar de inspeção da Peccin, entre agosto de 2013 e setembro de 2014, Daiane Marcela Maciel, atestou a existência de diversas irregularidades na empresa, "como a utilização de quantidades de carne muito menor do que a necessária na produção de seus produtos, complementados com outras substâncias, a utilização de carnes estragadas na composição de salsichas e linguiças, a 'maquiagem' de carnes estragadas com a substância cancerígena ácido ascórbico, carnes sem rotulagem e sem refrigeração, além da falsificação de notas de compra de carne".

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