A cinco dias das eleições na Venezuela, o presidente do país, Nicolás Maduro, bloqueou o acesso a sites de notícias independentes, segundo denúncias de uma organização não governamental e do sindicato da imprensa.
De acordo com a organização dedicada ao monitoramento de censura na Internet VE Sin Filtro, as restrições foram impostas pelas principais operadoras de internet estatais e privadas venezuelanas contra os sites Tal Cual, El Estímulo, Runrunes, Analítico e Mediaanálisis. O site da própria entidade, um braço da ONG Conexión Segura y Libre que documenta os bloqueios do regime, também foi afetado.
O bloqueio teria começado por volta das 12h locais (13h de Brasília) dessa segunda-feira (22/7), conforme informado pela organização. O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP) confirmou as informações.
Segundo a imprensa local, a ordem partiu da Conatel (Comissão Nacional de Telecomunicações). Os sites estão bloqueados para IPs (espécie de registro de endereço de conexão à internet) na Venezuela.
A mídia venezuelana afirma ainda que, entre os sites com restrições, há pelo menos três que checam notícias falsas, como Espaja.com, Cazadores de Fake News e Observatorio Venezolano de Fake News. Os dois primeiros foram bloqueados no início da campanha eleitoral.
Com as restrições impostas, o número de meios de comunicação bloqueados pelas principais operadoras do país passa de 60, de acordo com o VE Sin Filtro.
Muitos desses já estavam bloqueados antes mesmo das eleições.
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