quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Startup israelense afirma ter encontrado cura para o câncer

Uma startup de Israel de biotecnologia afirma ter encontrado a cura definitiva para o câncer. Segundo a Accelerated Evolution Biotechnologies (AEBi), o tratamento funciona para todos os tipos de câncer, gera poucos efeitos colaterais e teve sucesso em testes com roedores. “Acreditamos que dentro de um ano poderemos oferecer a cura completa para o câncer”, diz Dan Aridor, membro do conselho da startup.
“Nossos resultados são consistentes e replicáveis”, diz Aridor. Os primeiros testes, em vitro, tiveram sucesso. Depois, com roedores, mais um êxito. As células humanas cancerígenas, inseridas nos animais, foram inibidas; já os ratos saudáveis não tiveram efeitos colaterais com o tratamento. O próximo passo é iniciar testes clínicos em humanos, o que deve ocorrer nos próximos anos.
Nomeado como MuTaTo (abreviação de multi-target toxin, ou toxina de múltiplos alvos), o tratamento é análogo ao coquetel da AIDS, segundo Morad. “Antes, dávamos a pacientes com AIDS vários medicamentos, administrados um de cada vez”, explica. “Durante o tratamento, o vírus sofria mutações e a doença voltava a se manifestar. Apenas quando os pacientes começaram a usar o coquetel de uma vez a doença foi controlada”.
Na mesma linha, o MuTaTo age ao mesmo tempo em todas as células cancerígenas e em todas as partes de cada uma. Assim, evita que elas sofram mutações durante o tratamento e se tornem resistente ao medicamento. Diferentemente da AIDS, porém, as células cancerígenas morrem e o paciente não se mantém como “portador” da doença. Portanto, não precisará tomar medicamentos pelo resto da sua vida.
Apesar de ser geral – e atacar efetivamente todas as células que podem gerar mutações cancerígenas –, o tratamento promete estar restrito à parte doente. Ou seja, não irá atuar em células saudáveis, o que reduz efeitos colaterais comuns na quimioterapia tradicional, por exemplo.
Além disso, o tratamento desenvolvido pela AEBi é individualizado. A ideia dos cientistas é que o paciente faça uma série de testes e seja desenvolvido um medicamento personalizado para seu tipo de câncer. Isso garante a eficácia contra as células de um câncer específico e evita os efeitos colaterais gerados por um remédio “universal”.

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