sexta-feira, 30 de junho de 2023

“Tomei uma facada nas costas”, diz Bolsonaro após ficar inelegível

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou, nesta sexta-feira (30/6), pela primeira vez após ter se tornado inelegível até 2030. A decisão foi confirmada em julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pelo placar de cinco votos pela inelegibilidade contra dois contra.
“Há pouco tempo, levei uma facada na barriga. E hoje tomei uma facada nas costas com a inelegibilidade e por suposto abuso de poder político“, afirmou Bolsonaro à imprensa, em um restaurante em Belo Horizonte.
O ex-mandatário foi condenado pelos ataques que fez ao sistema eleitoral brasileiro durante reunião com embaixadores, em julho de 2022. O TSE entendeu que houve abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Com a decisão, o ex-mandatário da República e o ex-vice-candidato estão impedidos de concorrer às eleições de 2024, 2026, 2028 e 2030.
Bolsonaro também sugeriu que a Justiça Eleitoral agiu contra sua eleição durante o pleito de 2022.
“Nós acompanhamos a maneira como o TSE agiu nas eleições, me proibindo até de fazer live na minha casa. Os resultados apareceram no final e eu me recolhi […] saí do Brasil no dia 30 e infelizmente aconteceu o dia 8 de janeiro”, disse.
O ex-presidente seguiu a sua fala chamando de “anafalbetos políticos” aqueles que dizem que os atos antidemocráticos de 8 de janeiro foram uma tentativa de golpe.
“Quem fala em golpe não sabe o que é golpe. Com todo respeito, é um analfabeto político, ninguém vai dar golpe com senhorinha e com senhorzinhos com bandeira do Brasil nas costas e debaixo do braço. Se bem que lamentamos a depredação do patrimônio público ocorrido e as pessoas que fizeram isso tem que arcar com as responsabilidades.”
Ao final, Bolsonaro foi questionado se tinha medo de ser preso após o resultado do julgamento que o tornou inelegível até 2030.“Preso porquê? Aponta o motivo? Só falta isso”, retrucou.
Bolsonaro está em Belo Horizonte (MG) nesta manhã, para participar do velório do ex-ministro da agricultura Alysson Paolinelli. Em seguida, o ex-presidente retorna a Brasília.

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