Preso desde novembro de 2016 e já condenado a 197 anos e 11 meses de prisão, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB) admitiu pela primeira vez que recebeu propina durante suas gestões como governador. Esse depoimento foi concedido na última quinta-feira, 21, ao Ministério Público Federal (MPF) no Rio e seu conteúdo foi divulgada na noite desta segunda-feira, 25 pela TV Globo.
A mudança de discurso ocorre após a troca de advogado – Marcelo Delambert assumiu a defesa de Cabral em 3 de janeiro deste ano. Por enquanto não foi firmado acordo de delação premiada – Cabral é tratado pelo MPF como réu confesso.
Ao longo do depoimento, que foi sigiloso, o ex-governador admitiu que recebeu propina de empreiteiras, como Queiroz Galvão e Odebrecht, e de empresários, como Arthur Menezes Soares Filho conhecido como “Rei Arthur” e dono de empresas que mantiveram contratos milionários com o governo do Estado nas gestões de Cabral (2007-2010 e 2011-2014).
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