O Brasil vai enviar à Venezuela uma equipe de representantes para negociar com o país e evitar um “calote” de R$ 820 milhões. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, no início do mês a Venezuela deixou de pagar a parcela milionária a fornecedores brasileiros. Além do dinheiro que não foi pago, o governo se preocupa com as próximas parcelas, que ainda devem vencer, no valor de R$ 15 bilhões.
O Banco Central foi informado do não pagamento em 8 de setembro, já que isso ocorre no âmbito do Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos, CCR, uma espécie de câmara de compensação entre os bancos centrais de 12 países da América do Sul. Com o CCR, os bancos realizam um “acerto de contas” de quatro em quatro meses e, caso o importador não arque com suas dívidas, quem deve pagar é o governo do país que deve.
Entre os fornecedores que devem receber quantias da Venezuela estão as construturas Andrade Gutierrez, Oderbrecht e Camargo Corrêa, que possuem financiamento com o BNDES. O dinheiro foi gasto em obras como a construção do metrô de Caracas e de Los Teques, além de uma usina siderúrgica e obras de saneamento.
Representantes do Banco Central e do Ministério da Fazenda aguardam a autorização do governo venezuelano para iniciar as negociações e reaver o dinheiro.
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