quinta-feira, 10 de março de 2016

Renan já discute com o PSDB a saída de Dilma

Visto no Palácio do Planalto como o principal aliado do governo no Congresso, o presidente do Senado, Renan Calheiros, admitiu pela primeira vez participar de articulação política para encontrar uma saída constitucional que interrompa o mandato de Dilma Rousseff. Fez isso num jantar com o Aécio Neves e outros seis senadores do PSDB. O encontro ocorreu na residência do tucano Tasso Jereissati. Terminou no início da madrugada desta quinta-feira. Pela manhã, Renan estivera com Lula. À tarde, conversara com Dilma. À noite, foi recepcionado na casa de Tasso com ironias sobre sua disposição para o diálogo. E Renan, entrando no clima: “Pois é, estive com o Lula e a Dilma. No final, estou aqui, onde me sinto mais em casa.” Estava acompanhado de outros dois caciques do PMDB no Senado: o líder da bancada Eunício Oliveira e Romero Jucá. Pelo PSDB, além de Aécio e do anfitrião Tasso, participaram do repasto o líder Cássio Cunha Lima, José Serra, Aloysio Nunes Ferreira, Antonio Anastasia e Ricardo Ferraço. Os tucanos disseram a Renan que não enxergam saídas para a crise com a permanência de Dilma na Presidência. Mencionaram uma obviedade: sem o PMDB, o pedido de impeachment não tem chance de prosperar. E perguntaram francamente ao presidente do Senado se ele cogita manter o apoio a Dilma.

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